Um Caminho rumo ao horizonte desconhecido.

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Guerreiro em busca de sentido

Chega um momento que um guerreiro decide apenas caminhar depois de duras e difíceis batalhas, e cada um sabe a dor e as feridas deixadas de cada uma que enfrenta. Vou contar aqui a história de um personagem antigo o qual se chamava Agon. Era um eterno travador de batalhas, veio de muitas e sempre as vencia com garra e lealdade. Não tinha um lugar ou uma aldeia que pudesse garantir como sua morada definitiva, era livre como um pássaro e seu coração era gigante para sentir-se inteiro e leal com as pessoas que estavam ao seu lado em qualquer que fosse o momento. Entretanto era um nômade sem uma causa verdadeira, chegaria o tempo de ir embora e buscar novos lugares e lutas. Partiria rumo aos caminhos da vida aonde quer que sua razão a levasse.

Depois de cada desafio, Agon obtinha sucesso, porém nunca sozinho e isso era claro pra ele. Tinha humildade o suficiente para perceber que só de “mãos dadas” era possível seguir com a vitória, ele travava guerras e batalhas aonde os inimigos apenas buscavam o poder.

Depois de cada luta, as vitórias eram seguidas de animadas festas junto a tribo de guerreiros que defendia, mas não demorava e logo ia embora seguindo sozinho os caminhos da vida, já que o poder não era a sua causa definitiva e real.

Agon não sentia o desejo pelo poder, razão e vontade da grande maioria daqueles que lutavam ao seu lado. O poder era algo que não lhe fazia muito sentido. Era justamente a disputa por terras e ouro que alimentava ainda mais a ganância dos homens.

A vida que sentia dentro de seu coração o impulsionava por algo maior que aquelas conquistas, e não era poder por moedas de ouro que iriam preencher o vazio que sentia, depois de duras e sofridas batalhas. Precisava de um sentido de vida maior, algo eterno que preenchesse o buraco da ferida invisível que ainda carregava em seu peito.

O dia da partida chegou naquela que parecia ser a sua última luta, e mais uma vez decidiu seguir em frente. Em um dado momento olhou para o horizonte e algo, jamais sentido, lhe fez despertar a curiosidade pelo que estava por vir. Não eram novas batalhas e pela primeira vez aquilo se confundiu com um sentimento de forte vazio. Era desafiador olhar para o horizonte, isso trazia o desejo por prazeres que já conhecia, mas ao mesmo tempo a possibilidade de uma derrota jamais sentida. É estranho perceber que existe os dias de um lindo amanhecer, mas depois a inevitável escuridão após a alvorada. Intuiu naquele momento que era preciso parar e construir algo forte em sua vida ao invés de apenas mirar um horizonte de possibilidades desconhecidas. Decidiu encravar sua espada naquela terra e fazer emanar a sua verdadeira vontade naquele momento. Precisava deixar de ser um andarilho que apenas mirava o desconhecido, e definitivamente fazer expandir sua consciência. Despertar o sentimento que impulsionava em seu coração, a verdadeira força para realizar e firmar a paz ali e agora, livre do sofrimento, da dureza, e daquele vazio que carregava em seu peito.

Decidiu parar e olhar para os lados, foi quando sentiu a presença da vida ao seu redor. A sua volta existia uma enorme vegetação, lindas flores e pássaros que traçavam o céu daquele lindo dia. Lugar belíssimo, aonde existia vida, flores, animais e plantas as quais formavam um lindo retrato do que era a vida de verdade.

Decidiu seguir sua intuição por uma estrada menor e ao término de sua caminhada, na ponta de uma pedra a beira do fim da estrada, avistou adiante um Castelo de Ouro. Aquele que poderia ser o lugar seguro em meio aquela linda paisagem, a qual sempre esteve perto de ser avistada. A Intuição tomou as rédeas da razão naquele momento e ali mesmo encontrou uma forma de estabelecer a sua paz, livre de qualquer sentimento de incertezas. Já não era mais apenas um colecionador de vitórias, ali surgia a possibilidade de ser um servidor de dádivas aos habitantes que já viviam ali, sentiu que ali estava a sua verdadeira família. As coisas que precisava estiveram sempre perto das grandes estradas por onde passou, mas quando decidiu explorar mais profundamente os campos desconhecidos ao lado, pode encontrar definitivamente um lugar seguro, o qual tinha o melhor para oferecer, o seu carinho.

Depois de difíceis e duras batalhas que enfrentou pelo caminho, chegou o momento da verdadeira recompensa e não era apenas aquela que a razão insistia em afirmar na sua consciência, aquela que respondia a sucessos e vitórias passageiras. Ali encontrou a verdadeira dádiva do Amor e a possibilidade de um novo recomeço. Já não era mais o mesmo buscador de lutas e estava pronto para um novo chamado da vida.  

Psicólogo Karasiak
Psicólogo Karasiak
Psicólogo Humanista e Hipnoterapeuta Ericksoniano.

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