“Sugerir a alguém que procure um Psicólogo para fazer psicoterapia, pode soar estranho e vir acompanhado da idéia de estar “louco”, ainda esta no imaginário de alguns essa associação: Psicólogo à loucura.”
Será que diante de situações difíceis como: perda de entes queridos, desemprego, mudanças, crises no casamento, descontentamento na criação dos filhos, insatisfações profissionais variadas, insônia, decepções amorosas, dificuldades no dia a dia…, em que as pessoas podem se sentir fragilizadas, inseguras e com dificuldades em se reorganizar, podem ser consideradas como doentes ? E os jovens que procuram a Orientação Vocacional para escolher a sua profissão? E a criança que apresenta dificuldades na escola em relação ao seu desempenho escolar ou a socialização? E os adultos que encontram obstáculos profissionais e amorosos durante a vida? Será que todas as pessoas que procuram um Psicólogo realmente estão doentes ou com “problemas emocionais graves?”
Parece que não, pois a “loucura” ou um transtorno mental é bem diferente destas questões que estamos falando. Na verdade quando se está “louco”, não se tem o discernimento para buscar ajuda especializada. São os familiares ou amigos, que acabam encaminhando ao profissional, o tratamento dos distúrbios mentais mais graves é realizado com uma equipe multiprofissional e acompanhado da ação medicamentosa.
A psicoterapia é um processo de autoconhecimento, ou seja, promove um maior desenvolvimento da percepção que o indivíduo tem de si mesmo, de seus comportamentos, pensamentos e sentimentos. Nem sempre as pessoas conseguem fazer essa auto-observação, e sofrem porque muitas vezes desconhecem as razões de seu agir, pensar ou sentir. A isso, seguem sensações de vazio, raivas ou frustrações.
A psicoterapia não trata só dos sintomas já manifestos, ela busca fornecer subsídios para que a própria pessoa, entendendo melhor suas características, potencialidades e limites, previna a ocorrência de problemas psicológicos maiores.
Quando as dificuldades surgem, e a pessoa demora a buscar ajuda especializada, em geral só recorre ao Psicólogo quando os problemas tornaram-se bastante complicados chegando até ao ponto de interferirem na dinâmica familiar, no equilíbrio emocional ou produzirem sintomas tais como: depressão, ansiedade, estresse, fobias, etc…
O Psicólogo pode ajudar, e muito, na superação de uma série de problemas que podem afetar negativamente, a vida das pessoas. Basta que a própria pessoa assuma o compromisso consigo mesma e reserve um espaço de seu tempo para se autoconhecer.
O tempo em que a pessoa está em atendimento psicológico, é o tempo em que ela está consigo mesma, refletindo a respeito de sua própria vida, dos seus projetos e sentimentos. Passa a confiar mais em si mesma tendo coragem para encarar novas atitudes, compreende melhor os problemas que afetam sua vida e passa a enfrentar melhor os seus medos.